sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
O destino é uma puta!
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Arde-me, durante todo o dia,
Para me lembrar do que fiz a mim mesma.
E apesar de tudo,
Este ardor até sabe bem.
Doi menos o que é de sentir com o corpo,
Do que com o coração.
Porque o coração não se pode cortar.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Quando não se quer pensar, ou sentir,
A morte pode parecer um sonho.
domingo, 26 de dezembro de 2010
Perdi-te de propósito,
Sem ter a certeza que te queria perder.
(De qualquer maneira, nunca te tive.)
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
És estúpido comigo uma vez, a culpa é tua.
És estúpido comigo duas vezes, a culpa é minha.
A terceira não volta a acontecer.(melhores amigos o caralho!)
Wanna play a game?

Demoras sempre mais dez minutos que eu a responder.
Queres dar desprezo e mostrar-te desinteressado...
Mas quando recebes desprezo não evitas revelar o que sentes,
Vens atrás.
Adivinhei o teu jogo?
Well baby, you can't play a player.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Vivo para transformar a vida dos outros num inferno.
Quando entro na vida deles, de forma tão apelativa, nem sonham com o que aí vem.
Não imaginam que por detrás do sorriso e de todo o interesse está uma capa de cinismo, e que o único objectivo intrínseco a esse interesse é a tortura de mais uma pessoa.
Escolho-os a dedo. Os piores, sempre os piores.
Os que têm a mania. Os que nunca se apaixonaram. Os que se dizem muito difíceis. Os que traem sempre a namorada. Os que têm mais do que uma rapariga ao mesmo tempo. Os que fodem com todas. Os que não se deixam prender. Os que não se interessam por ninguém.
Esses são o meu alvo.
Ensino-lhes que tudo o que eles rejeitam vai inevitavelmente acontecer. Vão-se apaixonar.
O mundo deles vai passar a rodar em torno de uma só pessoa: Eu.
E quando não pensarem em mais nada, não quiserem mais ninguém, estiverem a comer na palma da minha mão... largo-os. E eles ficam sem saber o que fazer.
Escolho sempre os piores. E mostro-lhes que é possível existir pior do que eles.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
fake smiles are everywhere.
(Do you like my fake smile, God?)

Não sei o que me inquieta, não sei porque não durmo.
Esta ansia que eu sinto, este nervoso miudinho.
A única consolação é matar-me aos poucos com nicotina.
Acendo um cigarro e acalmo.
É a minha morfina, tão irrefutávelmente efémera.
Se calhar é o secreto prazer de um suicídio lento.
Se calhar todos somos viciados em algo que nos tira a dor de viver.
sábado, 18 de dezembro de 2010

Não meço as consequências dos meus actos.
Nunca.
Sou lúcida, mas inconsciente. Inconsciente em relação a mim, não ao que me rodeia.
Ou se vive completamente, ou não se vive. Meio termo é desperdício de tempo.
They say you only live once, but if you live well once is enough baby.
Hoje é o dia,
Talvez o primeiro e o último dia.
Talvez o começo de muitos outros dias.
Hoje vou viajar,
Sem qualquer roteiro,
Sem qualquer lugar.
Apenas viajar.
Ás vezes sentimos uma necessidade irracional de estender a mão aos outros.
Mesmo sabendo que não o merecem.
Mesmo arriscando estar a dar um passo atrás em relação a algo que juramos a pés juntos não voltar a acontecer.
Mesmo que nos faça mal.
Ás vezes ao estendermos a mão aos outros só queremos sentir o toque da deles na nossa.
Egoísmo ou altruísmo afinal de contas?
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Regressar.

Porque às vezes voltar sabe muito melhor do que partir.
E ao estar longe é que se dá valor ao que se tem.
(De Milão para o Porto ♥)
terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Vivemos num país de atrasados. E o mais engraçado é que toda a gente se acha muito moderna.
De vez enquando surge uma cara nova, uma ideia nova, e as pessoas gostam e reagem positivamente. Qual luz ao fundo do túnel.
E essa pessoa logo se evade deste nosso Portugal, em busca do Santo Graal noutro país qualquer. Porque os realmente bons nunca cá ficam.
Os jovens dedicam-se às drogas em vez dos estudos. Pensam a curto prazo e nem o décimo segundo acabam, indo acabar em empregos tão concorridos como empregados de mesa ou de supermercado. Isto quando trabalham e não vivem de subsidios de pobreza que os que realmente trabalham pagam.
Outros são mais ambiciosos e dignam-se a tirar um curso superior, que depois de concluído lhes serve de tanto como se não o tivessem. Anos a queimar as pestanas para depois se verem sem saída e acabarem infelizes num emprego pelo qual não se esforçam, porque no fundo o odeiam e odeiam a vida que têm.
As raparigas pensam em namorados, os rapazes pensam em foder. Acabam por encontrar alguém mais tarde ou mais cedo, com quem casam e constituem família. Não significa sequer que gostam um do outro, vivem no conformismo de ter uma casa, dinheiro para pagar as contas, filhos. Ao que o comum dos mortais chamaria uma vida. Vivem na monotonia que tanta gente ambiciona. Sem mais esperanças do futuro, porque ele já está mais que traçado. Morrem rodeados pela família, que não passa da personificação de uma não-vida, uma não aventura. Viveram para os filhos, para os sustentar, para manter a estabilidade de um casamento que nem sequer querem, e no final sentem que não viveram o bastante.
Depois há as raparigas que se consideram suficientemente independentes para não quererem ninguém, e os rapazes que têm mais na cabeça do que fazer de sexo o tema principal. Não casam, não constituem família. Têm um emprego em que todo o dinheiro não vai para ninguém a não ser eles próprios. Viagem, divertem-se, saem. Vivem sozinhos, envelhecem sozinhos. E morrem num lar, sem ninguém que os vá visitar, e no final sentem que a vida deles foi incompleta. Faltou-lhes uma parte importante, o amor.
Anos e anos, séculos e séculos, e as mesmas cenas se repetem. É a monotonia da vida, o Mito do Eterno Retorno português. Porque os portugueses são seres modelares, porque nada muda, só os tempos. E a mesma atitude à zé-povinho mantém-se. Somos nós, e não fazemos nada para o mudar.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Não compreendo os teus complexos de inferioridade.

Tenho ansia de nicotina quando não a tenho.
Será que o amor é como a nicotina?
E qual dos vícios nos mata mais depressa?
domingo, 12 de dezembro de 2010

Depois de mais uma noite,
Uma de tantas,
Tremo à espera que o único meio de transporte disponível me leve de volta para casa.
Tremo de frio.
Gela-me os ossos e não tenho como o evitar, não há nada que me possa aquecer. Ninguém.
Não sei a que cheiro.
Alcoól, vómito, urina, tabaco. Talvez uma mistura de tudo.
Cheiro a ressaca.
Sem nada que ocupe o tempo de espera, tento falar contigo para ter algum conforto.
Desprezo,
So recebo desprezo em troca.
E ficas chocado quando tenho a frontalidade de to dizer.
E negas. Negas sempre.
Se estás assim tão convicto de não teres feito nada de mal, porque tens a necessidade de te desculpares dando-me mais atenção?
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Não vou descarregar mais nada em ti,
Se te permites pensar em voz alta que isso é de facto o que faço.
Não vou descarregar os meus medos, as minhas angustias, o meu mal estar, o meu bem estar, as minhas conquistas, os meus desejos.
Não vou descarregar mais em ti.
E não vais saber mais nada de mim.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Acabaste de me pedir ajuda.
Não para ti, mas para nós.
Não vês que não há nada que possa fazer? Não vês que sou tão inútil como tu, tão insignificantemente inútil contra esta armadilha a que chamamos amor.
Amor? Será que é amor? Será que foi amor?
Já não te sei responder. Já não te sei dizer indubitávelmente que sim, que é amor.
É por isso, vês?, sou inútil. Inútil ao ponto de não saber o que quero ou o que sinto.
Não me peças ajuda, amor, quando eu nem te posso dizer se isto é amor sequer.